Corpo de pedra
Que ares respira
a matéria feita de areias
esmagadas pelo martelo do criador
que a fez
forma decretada...
Não tem veias
mas veios
cravados nas eras de movimento
Os cabelos inanimados dramatizam a indecisão do autor
e
os olhos de íntimo tosco
virados para a configuração
esquematizam resquícios de ordem orgânica
na espera dum cirurgião doutra via
A infusão de sangue no plano do arquitecto
A imagem romantiza a gesta do herói
num alicerce agreste e nobre
Ainda tem margens
como o ovo gema
e as bordas claras
É pedra
carne e pão
Alma que depois de nada medra
e sentirá saudades na erosão
Fernando Oliveira
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