
A meditação perscruta além do factível.
A consciência morre no sono e condensa o corpo sanguíneo.
Levando-o para o estado de cera fria. Um gelo subtil que
liberta o véu do subconsciente para o activo transe.
Nesta ambígua prostração. Um simples cantar de grilo
pode romper as fronteiras. Tão ténues,
que ninguém sabe, onde residem o sonho e o sono.
Peculiares cicatrizes da natureza.
No lapso sem nome
o olhar indiviso viaja até ao núcleo da resenha.
Um oceano engenhoso
onde o decurso dorme
e o tempo não sopra.
Fernando Oliveira
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