
a fuga da sereia
na trajectória da corrente.. um rascunho
que interpela o depenado ancoradouro
um vestido de azul tino.. feito de humidade
e uma cabeleira que pinga.. sal de desterro
recusou ser sereia.. de flutuar no rochedo
onde deixou um salmo de espiral vestígio
agora avança no clima de cimento e cacimba
descalça e encoberta pelo dialecto que cala
o oceano.. só vê transparência.. quieta-se na crença
que a maré cheia.. resgate pelo menos o calçado
e que a boémia sereia.. o venha à noitinha buscar
que se arrependa da evasão.. e volte para o mar
Fernando Oliveira
2 comentários:
vamos ver se teremos comentarios
Oi, uyr
...leituras, já vimos que temos. Obrigada.
Enviar um comentário