
céu dos meus sonhos
como luares reflectidos nos mares
o espelho.. amarrado à cintura
multiplica o céu.. lisonjeia o firmamento
de astros e de estrelas.. mas não de fúrias
de entusiásticos esmorecimentos.. não de imprecações
o fascínio da menina.. não cria imagens cruéis
nem um quadro desafectado.. de cena pura
precisa de anjinhos frívolos.. fibras de lourecer
não de lúgubres e crus.. panoramas datados
de transitar.. nas vias fulvas das suas quimeras
até que o espelho se parta.. e lhe faculte o facto
remediasse que fosse.. quando… na última idade
e que o seu olhar.. sempre lá permanecesse
mas a vida cresce e o céu escurece.. o olhar amadura
os céus são agora.. para.. a quem o espelho lega
Fernando Oliveira
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