
conatural preceito
ela.. e a mesma.. num frontão de janela
os véus cobrem a gémina inefabilidade
um jogo de quereres para cada metade
mel doirado.. num púcaro de canela
como duas parteiras.. irmanadas
uma namora.. a outra aspira a corte
nos pés.. juntas.. de carão consorte
um autismo.. de faces concordadas
vivem irmãs.. mas terão uma só morte
no anfiteatro.. uma nesga de fractura
aparece como um subliminal recorte
apenas um engatinhar de tortura
que não encontra.. firme suporte
no harmónico enredo de ternura
Fernando Oliveira
1 comentário:
Dinda, demorei pra vir conhecer, mas adorei o blog. Tudo lindo!
Beijo e saudades!
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