
rimas e encruzilhadas
a ânsia é demasia
o rosto pretende evasão do lar conforto
ao bordo da elegia
dum fado morto
a flutuação leva-o à desunião especada
e à escusa excogitada
a hesitação fabrica a teoria tríplice
ficar.. avançar.. separar.. são índice
o ensaio é realizado
o presente é enganosamente povoado
o resultado é estagno
medo do engano
o futuro.. improvável imersão
os olhos residem na pós-visão
o caminho não tem leitura
os olhos divisam a lisa impostura
no seu rígido convite à evasão brancura
uma dança cinzenta e impura
um passo na retaguarda
palpites de resguarda
dois passos em frente
e um olhar saudoso e.. indigente
os eventos que o olhar procuram.. são rimas encruzilhadas
os braços açambarcam o caminho
mas ficam com a raiz no ninho
de causas em estações.. atazanadas
Fernando Oliveira
1 comentário:
Olá!!!
Gostei de ler suas poesias!!!
Muito alegres e leves!!!
Um encanto!!!
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