Assistente editor: Hugo de Aguiar

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Amigo ou ilusão



Ainda és
um peito cheio de marés

Ver-te aparecer de repente
como uma cepa de colecção
nascida na candeia dum mago

Um braço de trigo outro de vinho
os olhos repletos de cortesia

Resides na minha retina
como uma estampa animada

É reconfortante a presença do amigo

Já não creio em nada
senão em ti

No meu espelho conveniente
vejo-te na redoma que engenhou o afecto
O coração nu de véus de valente
para o abraço pudico e sanguíneo.

Pura ilusão! Este é um amigo invejoso

Fernando Oliveira

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