Assistente editor: Hugo de Aguiar

deaguiar.hugo@gmail.com

a fuga da sereia
















a fuga da sereia

na trajectória da corrente.. um rascunho
que interpela o depenado ancoradouro
um vestido de azul tino.. feito de humidade
e uma cabeleira que pinga.. sal de desterro

recusou ser sereia.. de flutuar no rochedo
onde deixou um salmo de espiral vestígio
agora avança no clima de cimento e cacimba
descalça e encoberta pelo dialecto que cala

o oceano.. só vê transparência.. quieta-se na crença
que a maré cheia.. resgate pelo menos o calçado
e que a boémia sereia.. o venha à noitinha buscar
que se arrependa da evasão.. e volte para o mar

Fernando Oliveira

2 comentários:

Anónimo disse...

vamos ver se teremos comentarios

Anónimo disse...

Oi, uyr
...leituras, já vimos que temos. Obrigada.